CONSEQUÊNCIAS DA PRIVAÇÃO DO SONO

Os seres humanos podem suportar vários dias de insônia contínua, com deterioração do bem-estar e eficácia; entretanto, também uma redução menor no tempo de sono pode levar a um funcionamento degradado do organismo.

Relatos de insônia para a percepção prejudicada, dificuldades em manter a concentração, distúrbios da visão, as reações mais lentas, bem como o aparecimento de momentos de sono durante a vigília que levam a capacidades e eficiência do desempenho de tarefas menores e aumento do número de erros.

A privação do sono resulta numa perda de memorização, pensamento esquemático, que produz decisões erradas e distúrbios emocionais, como respostas interpessoais deterioradas e aumento da agressividade. Os sintomas são acompanhados por hipometabolismo do tecido cerebral, particularmente no tálamo, pré-frontal, frontal e centros de córtex occipital e do motor de fala.

A deficiência de sono intensifica o tônus muscular e a ocorrência de tremores, além disso, o desempenho na fala torna-se monótono e pouco clara e a sensibilidade à dor é maior.

A insônia também se relaciona com as alterações na resposta imune e no padrão de secreção hormonal, e particularmente, do hormônio de crescimento. O risco de obesidade, de diabetes e de doença cardiovascular aumenta. A redução da capacidade causada por 20 a 25 horas de insônia é comparável a que ocorre após intoxicação por etanol no nível de 0,10% de concentração de álcool no sangue.

As consequências da redução crônica de sono ou de sono superficial repetido por vários dias, tendem a acumular-se e assemelham-se aos efeitos da privação de sono aguda com duração de várias dezenas de horas.

No trabalho, tais efeitos podem comprometer o desempenho adequado de muitas tarefas essenciais e em situações extremas (operação de máquina ou condução de veículos), a perda de sono pode ser perigosa para o trabalhador e seu ambiente.

Fonte: International Journal of Occupational Medicine and Environmental Health, Vol1, Mar, 2010